Hora de mudar o disco
Chiquinha
Mudar, virar o disco. Expressão nomenclatural quase em desuso completo mas que sim, permanece viva em sentido.
Estas últimas semanas de confinamento tornaram-se um ciclo vicioso de melodramas. Pior que bafão familiar leblonliano do Manoel Carlos. Pior que roteiro de novela ruim da Íris Abravanel. Pior que texto adolescente de Malhação. O que temos visto é uma versão piorada de novela mexicana, tipo a USURPADORA. Ou algo que o valha.
Torceria mesmo pra Letícia ficar se acreditasse que sua permanência fosse dar uma boa movimentada no decorrer do jogo. Mas não estou certa se esse papel de tadinha excluída que anda comovendo alguns telespectadores (e o próprio Bial) renderia algo. Muito menos a apelação do casal #MaLícia. Ela não faz o tipo assumida. Nem nas DRs. Usou o poder de sedução jeca – ótima arma se usada com esperteza – pra enojar os colegas. Se queima sozinha. Argumenta burramente. É tosca. Insiste no discursinho da inocência e da incompreensão. DEUS ESCREVE CERTO POR LINHAS TORTAS, seria o ditado máximo a repetir-se por dias a fio no caso de um resultado favorável. Um ponto a favor com sua volta do paredão seria ver a expressão de Ângela, Aline, Clara e companhia. Será que a trinca de ódio e isolamento que colocou nossa candidata a vilã no – all by my self moment se manteria intacta? Ou alguns mudariam de ideia perante a frágil concepção de que ela seria FORTE AQUI FORA?
Uma coisa é certa, já cansou ligar a TV e assistir um programa onde os participantes só fazem falar e agir no entorno de uma chata e seu mundinho de incoerências. Afinal, tem muita gente ali que, se a onda é julgar impiedosamente, já pode entrar na fila. Com Letícia saindo, dá tempo de surgir um vilão melhor. Vocês não acham?