O Brasil Tá Vendo

Arquivo : janeiro 2013

Mas esse Aslan nem pegou na bola
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Winston Brasil

O pior de ser um telespectador de primeira viagem é entender a dinâmica desse programa. Os participantes gostam muito de falar do jogo, de como estão jogando, como estão estudando o jogo etc. Mas é um pouco difícil de enxergar onde está esse jogo, como na partida de tênis em Blow up, de Antonioni (segue link para quem não pesca a referência).

Não é como no futebol, em que, por mais que as intenções dos técnicos e jogadores às vezes também pareçam inescrutáveis, percebemos seus movimentos em direção aos seus objetivos. É verdade que, como disse alguém, trata-se de um jogo em que 90% do que se tenta dá errado, mas pelo menos no futebol não vemos um jogador chorando porque a partida seguiu normalmente, como Marien quando Elieser lhe deu o poder de impedir que quatro BBBs participem da prova do líder. Ela por acaso pediu altos, é café com leite?

Elieser, de bandeja

Dizem que os veteranos levam vantagem porque fazem uma leitura melhor do que está acontecendo na casa. Mas, se fosse assim, Elieser não cometeria o erro imbecil de jogar no paredão alguém que tinha acabado de escapar de um, nem Anamara seria burra de queimar a simpatia do público com uma arrogância de quem acha que já ganhou. Bem, existe a hipótese dele ser imbecil e ela ser burra, mas quem sou eu para insinuar isso.

Só mais uma comparação: se no futebol alguém que se esconde do jogo pode até acabar ganhando (principalmente se os colegas se esforçarem no lugar dele), não dá para entender o sentido de ficar fazendo corpo mole em uma disputa individual. Esse tal de Aslan saiu de campo sem tocar na bola.


Não acontece nada nesse BBB
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Winston Brasil

Existe uma maldição árabe que diz: “que você viva em tempos interessantes” – entendendo que tempos interessantes são aqueles com acontecimentos históricos graves, como guerras, pestes, desastres naturais de grandes proporções. Vendo por esse lado (e morando no Brasil, quase uma Suiça no que diz respeito a eventos traumáticos), sou um abençoado.

Pensei nisso porque amigos que acompanham o BBB (tenho alguns, estão sub judice) reclamam que minha cobertura é muito genérica, sem se ligar muito ao que acontece na casa. “Essas suas considerações você pode fazer sem nem assistir ao programa”. Ah, quem dera. A verdade é que, para mim, chamar de acontecimento as banalidades que se passam naquele lugar é degredar o significado da palavra.


Nada para se ver aqui

Mas dando ouvidos a essa crítica, vamos ao que eu acho sobre os últimos “acontecimentos” do BBB:

A vitória de Elieser na prova do líder: uma falha na teoria de Darwin no que diz respeito à sobrevivência dos mais capazes, mas devo confessar que curti o elemento sádico de torturar os participantes para dar de prêmio uma reles imunidade. É nas provas de resistência que me sinto vingado por ter que cobrir essa bodega.

A falsa eliminação de Anamara: serviu para sabermos que o lance dela falar pelos cotovelos não é só de sacanagem com o pessoal da casa, é patológico mesmo – ela está gritando até com os móveis do quarto secreto. Também serviu para mostrar como os caras entendem mal o “jogo” (se toda convivência forçada fosse considerada jogo o povo da cadeia seria campeão brasileiro), fiquei com pena do Aslan fazendo uma detalhada análise da falsa derrota de Anamara. Aliás: ninguém desconfiou desse paredão relâmpago sem familiares esperando e com um discurso voado do Bial?


Au au au discurso do Bial

A briga de Yuri e Andressa: entendo que é preciso inventar umas desavenças para poder votar nos outros concorrentes sem culpa, mas às vezes esses BBBs parecem o Neymar cavando falta.

O fim (pelo menos provisório, vai que eles reatam) do casal Yuri e Natália: durou só uns dias e já teve mais DR e briga que muito casamento, se continuassem assim talvez fosse necessário emitir uma ordem de restrição até o fim do programa.

Até o próximo boletim de não-ocorrências.


Sexo e intriga no BBB, só que não
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Winston Brasil

Quando me subornaram (com um salário astronômico) para cobrir o BBB, disseram que aturar essa bobajada teria suas compensações: uma boa dose de sexo e intrigas de dar inveja a uma convenção do PSDB. O sexo é aquilo, um filme pornô ao contrário: várias horas de papo por alguns segundos de ação meia boca.


Soft porn

O casal Nasser e Andressa parece uma disputa entre dois anelídeos para decidir qual deles é a mulher; Yuri prometeu tanto respeitar Natália enquanto a abordava que agora que finalmente rolou a dupla deve sair da casa direto para o altar; Fernanda e André representam a fome e a falta de vontade de comer.

E a intriga? Bem, no prédio onde moro é bem pior. A mala da minha síndica dá um pau em todos os participantes juntos como vilã em potencial. Isso é que dá deixar um coxinha do naipe do Boninho escolher para participar do programa o que ele entende por “pessoas polêmicas”. O cara parece ser do tipo que acha gente tatuada o cúmulo da transgressão.


\o/ IPI reduzido

Bambam, Dhomini e Aline pareciam ser os mais gabaritados para arrumar alguma confusão, os dois primeiros por serem chatos demais e a carioca por ser insuportável em excesso. Com a eliminação do trio, sobra ficar olhando esse povo sem carisma fazer musculação.

Já anunciaram uma gambiarra para tentar fazer o jogo ficar um pouco menos desinteressante: uma eliminação falsa de um participante, que vai voltar como líder. Às vezes o BBB lembra o governo, que só funciona na base de medida provisória.


Não dá para torcer por ninguém nessa porcaria
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Winston Brasil

Já que estou aqui obrigado a assistir para comentar, pensei que poderia pelo menos eleger um participante menos irritante como meu favorito para ganhar o prêmio. O BBB parece o campeonato russo: passa na TV, mas você não sabe pra quem torcer. Vamos analisar a razão da minha antipatia por cada um.

Dhomini – A história que contou sobre quebrar os dentes de um cachorro, verdadeira ou falsa, praticamente devolve o cara pra rua na mesma miséria em que entrou na casa depois que torrou a grana da vez em que foi campeão. Talvez a função de Dhomini no mundo seja nutrir nossas esperanças, já que até um cara capaz de um erro de julgamento desse quilate chegou um dia a ganhar uma bolada e comer a Sabrina Sato.

Anamara – Só não lamento mais profundamente sofrer o efeito de sua voz enervante na televisão porque penso no drama de quem precisa ouvi-la de perto. Ela é uma prova de resistência ambulante.


O esporro dessa cidade é meu

André – Um cara formado pelo típico machismo brasileiro, de quem quer comer todas as mulheres mas se casar apenas com as que resistem. Provavelmente destinado a uma vida de sexo ruim para depois arrumar amantes e recomeçar o ciclo. Nossa, fui analisar um BBB e acabei preso em um exercício de futurologia, mal aí.

Fernanda – Quase simpatizei com a moça por toda a manha que André fez pra ficar com ela, como se fosse um sacrifício dar uns catos naquele mulherão – mas sua disposição demente para discutir as intenções do rapaz com todo mundo da casa meio que zerou o placar.

Yuri – Uma variação do caso de André, o cara que toma toco pra depois dizer que nem queria mesmo.

Kamilla – Já que ela se presta a assassinar canções, talvez seja menos mal que ela tenha um repertório horrível. Mas lembro que ela canta muito alto, então na verdade sofremos duas vezes.

Nasser e Andressa – Formam um desses casais juntos há pouco dias que já parecem ter vinte anos de casados.


Precisamos conversar

Aslan – Um sujeito que é carinhoso com todo mundo, mas que tem sempre uma palavra inimiga para esse ou aquele, de acordo que esteja bem longe desse ou daquele. Os abraços devem ser para apalpar as costas dos colegas de confinamento e descobrir o melhor ponto pra enfiar a faca.

Elieser – Um banana em eterno estado de negação.

Fani – Tem uma carência que só pode ser resolvida por uma junta de psicólogos. Está cogitando ficar com o Elieser, pelo amor de Cristo!

Marien – Não consegue sensibilizar nem o pessoal da edição, que deve estar de mal com ela.


Esse ângulo não me favorece

 Natália – Está se escondendo do jogo, decerto em consideração ao namorado – que já cogitou chifrar.

Esqueci alguém? Só o Ivan, de propósito. Até mais uma palpitante análise desses seres fascinantes.


BBB: devia haver um prêmio para quem assiste
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Winston Brasil

Nunca entendi a motivação de quem acompanha o programa. É uma maratona de três meses de uma atração que recompensa pouca coisa além da curiosidade mórbida das pessoas. É pouco, pelo menos para mim. Ainda bem que todo fim do mês recebo um cheque do tamanho daqueles que dão para competidores de esportes não-amadores ou para ganhadores da loteria.

Imagem meramente ilustrativa

Sendo assim, sugiro que a Globo também premie a paciência do telespectador de uma maneira criativa. Poderia estabelecer um programa de milhagem que retribua em dinheiro ou produtos o número de horas desperdiçados diante da TV. Ou, para transformar a coisa toda em um game show, poderia distribuir cartelas para o público, levando a sério aquela piada comum na internet com guias de bingo para marcar as situações recorrentes de algum programa, tipo o Galvão Bueno dizendo “haja coração”. Assim:

Aí você pontuava de acordo e ganhava quem ligasse primeiro pra emissora gritando “bingo!”. Ou quem sabe, outro tipo de votação além dos paredões, como essa:

A produção também poderia surpreender membros da audiência com ligações telefônicas fazendo perguntas à queima-roupa do tipo “que livro de autoajuda o participante fulano está fingindo que está lendo?” ou “quem pagou mais peito até agora?”

Os discursos do Bial seriam as provas de resistência e vocês já pegaram a ideia geral. Até o próximo post, se eu sobreviver à maratona.


O pior do BBB ainda está por vir
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Winston Brasil

Dizem que o pior na vida de alguém em situação de confinamento são os primeiros dias, quando você sabe que a maior parte ainda vem por aí e que ainda não chegou aquele estado de espírito em que se fica anestesiado pela rotina massacrante. Não estou falando de nenhum BBB, falo de mim, obrigado a assistir a essa bagaça. A primeira semana demorou a passar.

Estou entregando o texto meio tarde, mas como hoje é dia de festa na casa, nada muito especial deve acontecer – provavelmente mais um participante que não sabe beber dará vexame, enquanto as mulheres esfregarão os shortinhos minúsculos na cara da sociedade, apenas para ganhar um selinho meia boca dos rapazes desinteressados.

Então vamos ao programa de ontem (vulgo terça-feira): a edição começou mostrando uma discussão entre Dhomini e Elieser sobre um voto combinado, modificado pelo último na última hora. É bom que os dois se acostumem com esse tipo de quebra de confiança quando assumirem suas cadeiras de deputado em Brasília. Elieser partiu para a humilhação do companheiro dizendo que, diferentemente dele, é formado e tem pós-graduação. Cheguei a pensar em Educação Física, mas descartei depois que colegas de redação mandaram essa imagem da participação do sujeito no BBB 10:

O ataque da barra assassina

Seguiram mais cenas dos participantes convivendo normalmente, ou seja, quase dando na cara um do outro por nenhum motivo aparente. As teorias da conspiração dizem que a Globo distribui os papéis que cada um deve desempenhar dentro da casa, ideia que ganha força quando a gente vê a expressão de sofrimento dos confinados quando são obrigados a dizer “Oba! De pernas para o ar 2!”. Isso mesmo, um dos privilégios do quarto do líder é prestigiar o cinema nacional na marra.

O que mais rolou: o cerco de Fernanda a André, que usou a esquiva com maestria; a separação de Andressa e Nasser, casal que nunca se formou direito, e várias tentativas dos heróis da sala de edição em fazer Ivan parecer um pouco menos insignificante.

Por fim, a escolha do público: vazou com 77% dos votos a carioca Aline, que saiu insistindo que foi rejeitada por ter muita personalidade – quando na verdade se trata apenas uma maluca que reage acima do tom mesmo quando ouve um simples bom dia. Na saída, seu namorado tresloucado ainda a pediu em casamento, e assim a monogamia ganha mais um mártir.

E agora deixa eu voltar para a minha cela.


Bambam se sentiu culpado de ser um cara bem sucedido no meio de tanta gente chorando miséria
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Winston Brasil

Não gostar de reality show é tipo não gostar de futebol, você pode se esconder mas não dá para ficar totalmente indiferente ao noticiário. Portanto, mesmo não tendo acompanhado as edições anteriores sei que tudo que aconteceu nos últimos dias já rolou no passado: já abandonaram o programa, já meteram novos BBBs na casa com o bonde andando e já participaram sujeitos de orientação sexual dúbia que se sentiram obrigados a pegar mulher para não ficar mal com os colegas de trabalho heteronormativos (é assim que se escreve?).

Então vamos aos assuntos atrasados:

1) Bambam deixou a casa aparentemente porque se sentiu culpado de ser um cara bem sucedido no meio de tanta gente chorando miséria. Até eu fiquei consternado com a pobreza do participantes, principalmente porque achava que adultos que pudessem dispor de três meses sem trabalhar já estavam com a vida ganha. Quem mais se destaca no pobrismo é essa mala da Aline, que se fosse um personagem do The Sims eu deixava morrer. Infelizmente tem chances no paredão contra Ivan, um cara tão apático que sofre séria concorrência dos objetos de decoração.

Ivan da depressão

2) A entrada de Yuri serviu para acelerar o processo de namoro encenado entre André e Fernanda, que deve cobrar mais caro pra sair na Playboy porque é evangélica. O casal é uma novela chata à parte, com seus capítulos que alternam separação e reconciliação e com o rapaz dando altas pintas porque só fica com a rapariga se ela se portar como uma princesa. Indica pra ela o curso que você fez então, cara.

3) Outro casal de mentirinha desponta no horizonte: Nasser (aquele com o bicho morto na cabeça) e Andressa. Mantendo o estranho padrão, quem quer é ela e ele pediu tempo pra pensar.

4) Meu editor está ligado nos direitos trabalhistas e não me obriga a ver o pay per view, mas calhei de assistir alguns minutos. É tipo os extras de DVD mais chatos do mundo.


Bambam líder, a vitória do idiota da aldeia
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Diego Assis

De quatro para a glória

Segue o baile. A edição de ontem começou com cenas da festa de terça, comandada pelo André Marques, DJ onipresente (até porque ocupa muito espaço). Típica balada de playboy, em que a música pavorosa estrondando não deixa ouvir direito a conversa (não estou reclamando) e a forma mais comum de abordagem é o assédio sexual light. Terminou no zero a zero, apesar da prorrogação (bêbados se recusando a sair da pista, o de sempre). Houve alguma aproximação entre Kléber Bambam e Marien e Fani disse que “pegaria o nerd” (Ivan), que reagiu com um “ah, é?” quando pombos-correio lhe trouxeram a notícia. Esse aí não vai fazer nada.

Foi também a noite da disputa pela liderança na casa. Apesar da simplicidade da prova (achar um par de meias, vestir o tal, atravessar uma pista cheia de sujeira e jogar as meias em uma máquina de lavar), Bial teve que explicar seu funcionamento várias vezes. Era de se esperar, já que o pessoal (dividido entre um grupo com novos participantes e outro com BBBs repetentes) teve dificuldade para se organizar em fila mesmo com o auxílio de camisetas numeradas. Vitória dos veteranos, que escolheram como líder da casa Bambam – o equivalente a votar no idiota da aldeia para prefeito (Eliéser seria o vice, talvez até mais qualificado que o titular). O resultado libera os vencedores do paredão, o que deve – se as regras permitirem, sou novo aqui – jogar no fogo os pobres recém-chegados da Casa de vidro.

Falando na Casa de vidro: segue virgem de acontecimentos, embora a edição tenha insinuado um triângulo amoroso platônico entre Kelly, André e outro cara lá (desculpem se não guardo os nomes, deve ser porque não estou fazendo nenhum esforço nesse sentido). Pelo que deu para entender, lá eles são obrigados a ouvir o dia inteiro “Oppa gangnam style”, musiquinha que nem estava completamente esgotada antes de começar esse BBB. O verão vai ser longo.

P.S.: Não sou obrigado pelo contrato, mas fui dar uma olhada nos comentários outro dia e vi que muita gente sugere que, em respeito a democracia, eu pare de falar mal do programa. Talvez fosse o caso de usar esse espaço para explicar o tal do princípio democrático, mas não tenho a paciência do Bial.


Começou o BBB, me tirem daqui
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Diego Assis

Safra ruim de gente em 2013

 

Então começou o BBB 13, aberto pelo Pedro Bial, que se perpetua no cargo de apresentador como um burocrata sem maiores ambições e satisfeito com o salário. E assim dou início a esta cobertura a contragosto, mas em compensação bem paga (inclusive estou me abanando com meu contracheque).

Vemos a apresentação dos novos BBBs. A gente tenta não estereotipar, mas a realidade continua fornecendo os clichês: o gay é escandaloso, os caipiras se fazem de ingênuos, a carioca tem uma marra insuportável e tira onda que vem de uma quebrada sinistraça.

Bial chama a próxima atração, um show da bateria da Mocidade Alegre para todo mundo sambar mal de braço pra cima sem nenhum embaraço. Acho que na fase de seleção do Big Brother deve rolar um teste psicotécnico ao contrário, que só aprova os participantes em que se constatou a falta de superego. Mas até que o primeiro programa teve pouca nudez (e bastante adiposidade, já sinto a preocupação dos editores da Playboy).

Nessa edição, ex-BBBs ganham uma segunda chance – inclusive ex-vencedores como Dohmini, que desperdiçou o dinheiro do prêmio (mais correto dizer que o dinheiro foi desperdiçado com ele), provavelmente em correntes cafonas como as que ele usa. A aparição de participantes de edições anteriores causou comoção na casa – eu não conhecia quase nenhum deles, mas a festa que os novos confinados fizeram comprova minha tese de que o grosso da audiência do programa é formado por aspirantes a BBB.

E temos a primeira disputa por prêmios. A produção colaborou com os participantes e bolou uma prova fácil de entender: o último BBB a tirar as mãos de um carro ganha imunidade na competição e o carro. O pessoal até desenhou palmas nas carrocerias, para ninguém se confundir com essas complexidades de distinguir a mão direita da esquerda.

Também rolou uma participação do povo da Casa de Vidro, que se limitou a se apresentar rapidamente e dar tchauzinho. Não apareceu na edição de ontem, mas ativistas do grupo Femen, que tiram a roupa para protestar contra qualquer evento que tenha cobertura da imprensa, tentaram invadir o local com os corpos pintados com frases de mural de facebook tipo “acorda Brasil”. Às vezes o BBB e seus opositores se merecem.


A diferença entre os BBBs e os ratos de laboratório
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Diego Assis

Já é BBB em um shopping da zona norte paulista: começou a etapa da casa de vidro, uma espécie de repescagem para esse pessoal que quer ficar famoso por não ter nenhum talento em particular.

Apenas dois candidatos da casa de vidro entram na casa propriamente dita, por isso precisam ficar fazendo cara de coitados como um macaco no zoológico mendigando banana. Deve ser muito triste rodar nessa etapa e ficar conhecido (“ficar conhecido” é maneira de falar) como ex-quase-BBB.

Vendo esse povo se submetendo à curiosidade dos passantes penso na semelhança entre os BBBs e os ratos de laboratório. Ratos de laboratório também são monitorados, postos para fazer provas e exercícios físicos, estimulados a fazer sexo e também recebem substâncias inebriantes (mas sem precisar fazer merchandising). A única diferença é que os ratos de laboratório são úteis para a sociedade.