Clara faz o que quer e resgata o clima do ‘BBB moleque’
Juliana Carpanez
Clara causou na festa de sábado. No domingo, no clima da ressaca, disse que estava passando mal de vergonha e ainda perguntou: ''Será que vão me achar muito louca?''.
A resposta, Clara, é sim – beijar uma menina, mostrar os peitos e tomar banho pelada é um bocado a se fazer no primeiro sábado de confinamento. Mas não precisa passar mal de vergonha, não. São essas atitudes que justificam o “reality” desse tipo de show. Se a gente assiste, é justamente para ver gente agindo como gente – e não agindo como big brother.
Conforme perceberam a repercussão desses programas, os participantes ficaram cada vez mais engessados e preparados para enfrentá-los (é como comparar a princesa Diana, toda inocentona nos anos 80, com a assessorada Kate Middleton, que parece não dar uma bola fora nesta vida). Com isso, tornou-se cada vez mais raro o clima ''moleque'' dos realities – que tem, em seu auge, Alexandre Frota fugindo da “Casa dos Artistas” para depois voltar. Suspiros.
Hoje, os participantes parecem conhecer o manual. Já entram falando em quem vão votar, formam casaizinhos para ganhar o público, ficam de intriguinha pensada na beira da piscina. Clara também pode ter agido para chamar atenção, mas fez isso fugindo do roteiro. Entrou com o pé na porta, mostrando quem ela é antes mesmo de a raiz do cabelo crescer (geralmente é nesta fase, também quando os participantes engordam, que o reality se torna real).
PS: Torço para Clara superar a Cida do BBB 2, naquela cena em que a aeromoça depilou a perna e depois escovou os dentes usando a mesma água (quem lembra?). Essa, sim, levou o troféu BBB de espontaneidade.