Neste domingo o blog O Brasil Tá Vendo estreia nova coluna, para deleite de seus milhões de leitores. Trata-se do segmento de entrevistas com célebres personalidades do showbiz nacional.

A estreia ficou por conta de Jorge Lordello, o popular Doutor Segurança. Ex-delegado, atual hit no Twitter e colunista do programa da Sônia Abrão, o nobre Doutor divide com o sábio leitor deste diário algumas opiniões interessantes sobre o Big Brother Brasil.

OBTV – Doutor, você é nacionalmente reconhecido por ser um expert em segurança. Quais são os maiores riscos que uma pessoa corre quando mantida encarcerada com outros 19 desconhecidos?

JL – Acredito que o risco maior está relacionado a questões emocionais. Já participei de programas de TV com ex BBBs, que me confidenciaram terem se arrependido de participar do reality. Uma delas disse que os 5 minutos de fama que teve não se traduziram em vantagem financeira. Para piorar, quando voltou à vida normal não conseguia arrumar emprego; alegou sofrer discriminação.

A vigilância 24 horas por dia é o formato ideal para a sociedade moderna?

Prevenção é uma das principais ferramentas que possuímos. Minimiza qualquer tipo de risco envolvendo acidentes ou crimes. Conheço vários casos de vítimas que faleceram em decorrência de tombo em escada ou banheiro no próprio lar. Portanto, ficar atento 24h por dia zelando pela segurança pessoal é algo que deveríamos exercitar mais. Lamentavelmente, no Brasil temos a cultura do reativismo, ou seja, coloca-se a tranca depois da porteira arrombada. Meu trabalho de divulgação e incentivo à proatividade começou em 1996. Tem ocorrido um aumento sensível do interesse das pessoas e da mídia pelo assunto e fico contente em ser o precursor.

Participaria de um reality show nesses moldes? Conseguiria ficar longe das suas aventuras urbanas durante 3 meses?

Não consigo entender o que esse tipo de programa pode trazer de bom ao participante, a não ser notoriedade, que para a maioria é passageira. Não conseguiria ficar longe das Aventuras Urbanas, dos meus seguidores, dos parentes e amigos, além das inúmeras atividades profissionais que desenvolvo diariamente.

O sr. faz televisão há muito tempo, mas a internet impulsionou de maneira impressionante sua carreira, concorda? Atribui esse sucesso a quais fatores?

Sou convidado a participar de programas de televisão desde 1999, ano que publiquei meu primeiro livro, pois o tema era inédito. As redes sociais me colocaram mais próximo das pessoas, principalmente daquelas que gostam de me acompanhar também pelos programas de TV. Com isso, consegui estreitar laços com muita gente, o que é por demais agradável e proveitoso. Faço questão de atender meus seguidores com educação e respeito, transferindo um pouco de meus conhecimentos na área de segurança pública e privada. Aproveito para difundir a alimentação saudável e atividades físicas, que curto muito.

O sr. é um dos maiores especialistas em assuntos que comovem a nação. Poderia elencar para nós as 3 maiores polêmicas na história do BBB?

Assisti um pouco o BBB1 para saber sobre o funcionamento de um reality. Como não gostei do formato, acompanhei muito pouco as edições seguintes. Com o surgimento do Facebook e Twitter, preferi navegar na internet ao invés de acompanhar um bando de gente discutindo futilidades. Há muitos anos não assisto BBB. Recordo-me apenas de duas polêmicas, mesmo assim porque foram noticiadas à exaustão. A primeira ocorreu no BBB12, onde suposto estupro teria ocorrido e até a polícia civil teve que instaurar inquérito para apurar. No BBB 13, o participante Dhomini disse que teria arrancado dentes de seu cachorro. Mais uma vez a polícia teve que entrar em ação para apurar as atrocidades narradas em rede nacional e que revoltaram milhões de pessoas. Felizmente, as pessoas que se envolveram nesses barracos foram eliminadas pelo público, que agiu sabiamente.

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