O Brasil Tá Vendo

Não dá para torcer por ninguém nessa porcaria

Winston Brasil

Já que estou aqui obrigado a assistir para comentar, pensei que poderia pelo menos eleger um participante menos irritante como meu favorito para ganhar o prêmio. O BBB parece o campeonato russo: passa na TV, mas você não sabe pra quem torcer. Vamos analisar a razão da minha antipatia por cada um.

Dhomini – A história que contou sobre quebrar os dentes de um cachorro, verdadeira ou falsa, praticamente devolve o cara pra rua na mesma miséria em que entrou na casa depois que torrou a grana da vez em que foi campeão. Talvez a função de Dhomini no mundo seja nutrir nossas esperanças, já que até um cara capaz de um erro de julgamento desse quilate chegou um dia a ganhar uma bolada e comer a Sabrina Sato.

Anamara – Só não lamento mais profundamente sofrer o efeito de sua voz enervante na televisão porque penso no drama de quem precisa ouvi-la de perto. Ela é uma prova de resistência ambulante.


O esporro dessa cidade é meu

André – Um cara formado pelo típico machismo brasileiro, de quem quer comer todas as mulheres mas se casar apenas com as que resistem. Provavelmente destinado a uma vida de sexo ruim para depois arrumar amantes e recomeçar o ciclo. Nossa, fui analisar um BBB e acabei preso em um exercício de futurologia, mal aí.

Fernanda – Quase simpatizei com a moça por toda a manha que André fez pra ficar com ela, como se fosse um sacrifício dar uns catos naquele mulherão – mas sua disposição demente para discutir as intenções do rapaz com todo mundo da casa meio que zerou o placar.

Yuri – Uma variação do caso de André, o cara que toma toco pra depois dizer que nem queria mesmo.

Kamilla – Já que ela se presta a assassinar canções, talvez seja menos mal que ela tenha um repertório horrível. Mas lembro que ela canta muito alto, então na verdade sofremos duas vezes.

Nasser e Andressa – Formam um desses casais juntos há pouco dias que já parecem ter vinte anos de casados.


Precisamos conversar

Aslan – Um sujeito que é carinhoso com todo mundo, mas que tem sempre uma palavra inimiga para esse ou aquele, de acordo que esteja bem longe desse ou daquele. Os abraços devem ser para apalpar as costas dos colegas de confinamento e descobrir o melhor ponto pra enfiar a faca.

Elieser – Um banana em eterno estado de negação.

Fani – Tem uma carência que só pode ser resolvida por uma junta de psicólogos. Está cogitando ficar com o Elieser, pelo amor de Cristo!

Marien – Não consegue sensibilizar nem o pessoal da edição, que deve estar de mal com ela.


Esse ângulo não me favorece

 Natália – Está se escondendo do jogo, decerto em consideração ao namorado – que já cogitou chifrar.

Esqueci alguém? Só o Ivan, de propósito. Até mais uma palpitante análise desses seres fascinantes.